2 Gestão Estratégica
2.1 Evolução do pensamento estratégico
2.1.1 Estratégia
“A arte do general”
Segundo Porter,1 a estrégia é definida pelo conceito de ajuste das atividades, onde se afirma que para criar uma vantagem competitiva é necessário atingir os seguintes niveis de maturidade:
- Estratégia de sucesso é o resultado de fazer muitas coisas bem e integrá-las
- Se não há ajuste entre as atividades, não há estratégia distintiva e a estratégia será insustentável
Porter apresenta o conceito de ajuste, pelo qual as atividades são consistentes entre si e reforçam-se mutuamente para criar uma vantagem competitiva e rentabilidade superior. Porter identifica três tipos de ajuste, que são mutuamente exclusivos.
- Ajuste de primeira ordem: Garante que a vantagem competitiva das atividades seja acumulada e não se perca
- Ajuste de segunda ordem: Ocorre quando as atividades estão se reforçando
- Ajuste de terceira ordem: É o esforço de otimização
O ajuste entre as três ordens coletivamente auxiliam na formulação estratégica
2.1.2 As escolas do pensamento estratégico
2.1.2.1 Escolas de natureza prescritiva
* Escola do design:
- Descrição: Combinação dos ambientes interno e externo, buscando o melhor ajuste
- Abordagem:
1. Processo racional, formalizado e controlado, deliberado e não intuitivo
2. Formulação da estratégia pelo executivo chefe
3. Modelo de formulação simples e informal
4. Estratégias devem ser únicas
5. Processo de design completo quando as estratégias estão formuladas como perspectivas
6. As estratégias devem ser explícitas
7. A estratégia só pode ser implementada após os passos anteriores
- Críticas:
1. Minimiza a importância do aprendizado
2. Centralização da responsabilidade na alta direção
3. Distância entre formulação e implementação
- Ferramentas: SWOT
* Escola do planejamento:
- Descrição: Processo formal com conjunto específico de etapas que devem ser seguidas rigorosamente
- Abordagem:
1. Determinação de objetivos
2. Auditoria do ambiente interno
3. Auditoria do ambiente externo
4. operacionalização das estratégias.
- Premissas:
1. Processo de planejamento formal, controlado, decomposto em etapas, delineado por check-lists e apoiado por técnicas e analises
2. Executivo chefe é responsável pelo planejamento e execução dos planejadores
3. Estratégias implantadas por meio da atenção a objetivos, orçamentos, programas e planos operacionais, para todos os níveis
- Críticas:
1. Planos elaborados x Realidade (Falácia da análise x síntese)
* Escola do posicionamento:
- Descrição: Influenciada pelos trabalhos de Porter, trata a estratégia como um processo analítico de posicionamento competitivo no mercado através de uma estratégia genérica de competição.
- Premissas:
1. Estratégias são genéricas e identificam posições no mercado
2. Racionalidade econômica e mercado competitivo
3. Processo analítico para identificar estratégia genérica de competição
4. Analistas com recomendações de processos analíticos quantificáveis
5. O mercado direciona a escolha do posicionamento estratégico, que por consequência determina a estrutura organizacional
- Tipos de estratégia:
1. Diferenciação
2. Custo
3. Foco
- Ferramentas: Cinco forças de Porter
- Críticas:
1. Foco Estreito: Econômico x social e político
2. Contexto: Direcionado para empresas tradicionais e grandes
3. Excesso de formalização: Dificulta aprendizado, criatividade e envolvimento emocional
2.1.2.2 Escolas de natureza descritiva
* Escola do empreendedorismo:
- Descrição: Processo visionário que surge dentro de um líder, sendo elaborada através das experiências e sabedoria de um líder proativo
- Premissas:
1. A estratégia existe na mente do líder de uma visão de futuro da organização
2. Processo de elaboração advém da sabedoria e experiências do líder
3. O líder atua com um controle pessoal da implantação das idéias
4. Formulação da estratéegia é maleável
5. A organização deve ser flexível para ser capaz de reformular as idéias do líder
6. A estratégia empreendedora visa encontrar um nicho de mercado protegido das forças de competição
- Críticas:
1. Dependência excessiva ao líder
2. Sobrecarga ao desempenho do líder
3. Falta de embasamento científico
* Escola cognitiva:
- Descrição: Estratégia pautada pela experiência e senso comum estruturada em dois grupos. **Objetiva** para a estrutura do conhecimento e **subjetiva** pela interpretação do mundo
- Premissas:
1. A estratégia incia-se através da mente do estrategista
2. A estratégia emerge em forma de perspectivas
3. O mundo pode ser modelado e estruturado de acordo com as interpretações do que é percebido
4. A estratégia é definida como um conceito abstrato que não corresponde diretamente com a realidade
- Críticas:
1. A estratégia é pautada mais pelo potencial do que pelo entendimento de como as estratégias são criadas
* Escola do aprendizado:
- Descrição: Processo emergente de plano gerencial da percepção no tempo do que funciona e o que não funciona
- Premissas:
1. Ambiente de négocios é um sistema complexo e por este motivo a estratégia deve seguir um processo de aprendizagem para acompanhar o entendimento da complexidade ao longo do tempo
2. O sistema coletivo aprende, existem vários estrategistas em potencial na organização
3. O aprendizado ocorre de forma emergente
4. Gerenciamento do processo de aprendizagem estratégica para emergências continuas (Gestão do conhecimento)
5. As estratégias surgem inicialmente através da percepção de padrões do passado
- Críticas:
1. Inexistência de estratégias definidas
2. Estratégias perdidas
3. Estratégias erradas
* Escola do poder:
- Descrição: Processo de negociação entre os stakeholders através do poder, influência e da política na negociação dos interesses
- Premissas:
1. A formulação da estratégia é definida pelo poder e política
2. As estratégias deste processo se tornam posicionamentos e artifícios
3. Poder Micro: Lado político na administração da organização
4. Poder Macro: Relações da organização com o ambiente de negócios
- Críticas:
1. Exagero na relação de poder
2. Não aborda pontos na formação da estratégia
* Escola cultural:
- Descrição: Formação da estratégia como um processo de força social da cultura
- Premissas:
1. Processo de interação social
2. Processo de aculturação ou socialização
3. A estratégia é entendida como uma perspectiva
- Críticas:
1. Possibilidade de estagnação da organização
* Escola ambiental:
- Descrição: Formação da estratégia como um processo reativo em resposta as mudanças do ambiente
- Premissas:
1. O ambiente é o elemento central da formação da estratégia
2. A liderança é um elemento passivo no entendimento do ambiente promovendo adaptações
3. As organizações tendem a se estruturar em nichos distintos
- Críticas:
1. Permissividade ao fator ambiental se abstendo da capacdidade de definir opções inerentes ao ambiente
2.1.2.3 Escolas de natureza híbrida
* Escola da configuração:
- Descrição: Processo de transformação da organização definido pelo ciclo de vida da organização e pauta-se da concepção das escolas anteriores
- Premissas:
1. O ponto fundamental é manter a estabilidade ou sustentar mudanças estratégicas
2. As estratégias resultantes podem assumir planos, padrões, perspectivas e posições
- Críticas:
1. Excesso de simplificação no entendimento da organização
2.1.3 Níveis de estratégia
- Corporativa: Decisão de quais negócios competir
- Competitiva (Negócio): Decisão de como competir
- Funcional (Tático): Atuação de uma área funcional da empresa sob a estratégia definida
2.1.4 Estratégia e os 5 Ps
-
Plano: Direção, guia ou curso de ação para o futuro.
- “A verdadeira estratégia da organização é aquela que é implementada, e não aquela que é formulada.”
-
Padrão: Consistência do comportamento ao longo do tempo.
Caso: McDonald’s
-
Método VRIN - Visão Baseada em um conjunto de recursos tangíveis e intangíveis
- Valioso: Os recursos que geram valor para a empresa podem ser uma fonte de vantagem competitiva
- Raro: Um recurso que é raro gera opções estratégicas que não estão disponíveis para os concorrentes
- Difícil de imitar: Os recursos que são difíceis de imitar, são fontes de vantagem competitiva
- Não substituível: Um recurso que não possui substitutos pode ser capaz de sustentar uma estratégia única no mercado
-
Posição: Posicionamento ou localização de determinados produtos ou serviços em determinados mercados.
- Caso: Azul
Perspectiva - Maneira fundamental de funcionamento da organização.
-
Estratagema (Trama): Manobra específica para vencer, com astúcia, um oponente ou concorrente.
- Caso: Tróia
2.2 Administração estratégica e alinhamento
2.2.1 Administração estratégica
Processo de implementação do planejamento e administração, Ansoff (2001) define dois desafios:
- Análise da competitivade
- Integração da intenção estratégica nas várias áreas de negócio
2.2.2 Gestão estratégica
A gestão estratégica pode ser entendida como a arte de escolha de objetivos estratéticos de forma a maximizar sua competitividade no mercado. É um processo continuo e circular que visa manter a empresa integrada com o ambiente através da:
- Análise do ambiente
- Estabelecimento de diretrizes organizacionais e formulação
- Implementação e controle da estratégia
Características do processo de gestão estratégica:
- Atuação global
- Proatividade e foco participativo
- Criatividade e inovação
- Aprendizagem contínua
- Organização em unidades estratégicas de negócio
- Ènfase em alianças
- Sustentabilidade
- Social
- Ambiental
- Econômica
- Espacial: Equilíbrio entre população rural e urbana
- Cultural
- Alinhamento estratégico (BSC)
2.2.3 Governança corporativa
Criação de mecanismos internos e externos que assegurem que as decisões corporativas serão tomadas no melhor interesse dos indivíduo através de um conjunto de leis que visam:
- Assegurar o direito dos stakeholders
- Disponibilizar informações
- Acesso aos direitos dos stakeholders
- Interação entre os stakeholders
Andrade e Roesetti: A construção e operação de sistemas de governança corporativa se utilizam dos 8 Ps:
- Propriedade
- Princípios
- Equidade
- Transparência
- Prestação de contas
- Responsabilidade corporativa
- Propósitos
- papéis
- Poder
- Práticas
- Perenidade
- Pessoas
2.3 Referênciais estratégicos
Os referenciais estratégicos são instrumentos dinâmicos direcionadores da tomada de decisão e possuem uma sequência metodológica:
- Definição do negócio
- Definição de missão, visão e valores
- Análise do ambiente externo: Tendências, cenários, oportunidades e ameaças
- Análise das 5 forças de Porter
- Análise do ambiente interno
- Elaboração da matriz SWOT
- Formulação da estratégia competitiva e definição da cadeia de valor
- Implantação e controle
- Balance scored card e planos de ação
2.3.1 Definição do negócio
Entendimento de quais são as necessidades dos clientes e benefícios que buscam atender
- Perguntas para a definição dos negócios: (Harold e Prahada)
- O que fazemos hoje que devemos continuar?
- O que fazemos hoje que não devemos continuar
- O que não fazemos hoje e devemos começar
- O que nossos concorrentes estão fazendo
- Indentificação do negócio atual: (Drucker, 1998)
- Quem é mesmo o seu cliente ?
- Quais os benefícios que ele busca ?
- Por que o cliente faz negócios com você ?
- Criação do modelo de negócios
- Adequação às tendências do ambiente de negócios
2.3.2 Missão, visão, valores e políticas
- Visão: Idealização da empresa no futuro
- Missão: Razão da existência da organização (\(\ne\) Lucro)
- Valores: Crenças e ideiais a serem seguids (Coerência com a prática real)
- Políticas: Diretrizes que legitimam os valores definidos
- Políticas de remunderação, capacitação, saúde, segurança, etc
2.4 Análise do ambiente externo
Análise de longo prazo em um mundo de incertezas para se preparar
- Construir elos de hipótees
- Construir diferentes situações
2.4.1 Cenários
-
Análise do ambiente geral: Avaliação de tendências ao grupo de variáveis no macroambiente de negócios
- Segmentos:
- Demográfico
- Econômico
- Sociopolítico
- Tecnológico
- Segmentos:
-
Desenvolvendo cenários:
- Construção de cenários: Alinhado aos segmentos
- Definir os propósitos dos cenários
- Escolha dos temas para abordagem
- Identificar tendências mais relevantes dos temas
- Desenvolvimento dos cenários mais prováveis
- Elaborar o direcionamento estratégico em respostas aos cenários propostos
- Oportunidades e ameaças
- Análise setorial (Análise da indústria) [Porter, 2005]
- Predição do nível médio de lucratividade, longo prazo dos competidores e conhecer as forças competitivas
- Identificar as diferenças de rentabilidade entre competidores
- Metodologia que visa:
- Analisar o setor e prever sua evolução
- Onde competir: Compreender a concorrência e sua própria posição
- Como competir: Formular uma estratégia competitiva
- Construção de cenários: Alinhado aos segmentos
2.4.1.1 5 Forças competitivas
Dimensão Horizontal (Cooperativas) | Dimensão Vertical (Cooperativos e competitivos) |
---|---|
Grau de rivalidade entre as empresas | Poder de barganha dos compradores |
Ameaça de novos entrantes | Poder de barganha dos fornecedores |
Ameaça de produtos substitutos |
-
Características:
- Rivalidade entre as empresas:
- Crescimento lento da indústria
- Ciclo de vida em maturidade ou declínio
- Grande número de competidores
- Custo fixo alto
- Concorrentes divergentes com menor incentivo a cooperação
- Ameaça de novos entrantes:
- Histórico de reatliações
- Empresas com acúmuluo de recursos para posicionamento competitivo
- Alto grau de diferenciação
- Barreiras de acesso:
- Fornecedores
- Regulamentação
- Patentes
- Produtos substitutos:
- Percepção de valor relativa
- Alto custo de mudança do produto atual para o substituto
- Poder de barganha dos compradores:
- Produtos de pouco valor
- Custo de mudança de produtos baixo
- Nível elevado de informação do consumidor
- Acesso a níveis superiores da cadeia
- Poder de barganha dos fornecedores:
- Poucos fornecedores
- Importância estratégica
- Não existem produtos substitutos
- Fornecedores podem se tornar competidores
- Rivalidade entre as empresas:
-
Principais críticas:
- Focados apenas no ambiente industrial
- Não analisa segmentos sociais, políticos, tecnológicos, econômicos
- Não considera estrutura de redes colaborativas (Linux)
- Responsabildiades socioambientais
2.5 Análise do ambiente interno
Gerenciamento dos recursos existentes
-
Diagnóstico do ambiente interno:
- Quais são os recursos
- Quais as capacidades e competências necessárias
- Forças e fraquezas internas
- Causas das forças e fraquezas
- Desempenho da empresa versus dos competidores
-
Recursos, Capacidades e competências essencias
-
Vantagem competitiva reside no gerenciamento de recurses e capacidades
- Resource Based view (RBV)
Recursos tangíveis e intangíveis: Necessitam de capacidades para a vantagem competitiva
Vantagem competitiva: Combinação de recursos disponíveis
Capacidades: Interação entre os recursos em um ambiente complexo, baseado na gestão do connhecimento
-
Competências essencias: Conjunto de habilidades e tecnologias que a empresa domina que sustente a vantagem competitiva
- Critérios (Herald e Prahald, 2006) * Valiosa: Beneficia-se das oportunidades e neutraliza as ameaças * Rara: Recurso único * Difícil de imitar * Insubstituível
-
-
Diagnóstico das forças e fraquezas
Forças: Facilita a missão e alcance dos objetivos
Fraquezas: Prejudica a missão e alcance dos objetivos
Oportunidades/Ameaças: O que deve ser feito
Forças/Fraquezas: O que pode ser feito
2.5.1 Análise das forças e fraquezas
Possui um conjunto de validação quantitativa e qualitativa (Uso de formulário no livro)
2.5.1.1 Fatores críticos de sucesso (FCS)
Priorizar as atividades-chave do negócio
FCS e capaccidades: Identificar os FCS e construir as capacidades para gerenciá-los de forma eficaz
FCS visa responder:
- Por que os clientes fazem negócio conosco
- Por que os clientes compraram pela primeira vez conosco
- Quais as vantagesn que temos que os competidores não tem
- Quais as nossas atividades difíceis de imitar
Feito o FCS, é possível montar a matriz SWOT
2.6 Formulação da estrategia competitiva
2.6.1 Matriz e ANSOFF (Produto x Mercado)
Modelo de planejamento em várias etapas e busca a sinergia entre as funções da empresa
Produto | Excedente | Novo |
---|---|---|
Existente | a. Penetração de mercado | b. Desenvolvimento de mercado |
Novo | c. Desenvolvimento de produto | d. Diversificação |
2.6.2 Estratégias genéricas de competição:
- Vantagem competitiva = Liderança em custo ou diferenciação
2.6.3 Cadeia de valor
A cadeia de valor e o deempenho das atividades individuais refletem a história da empresa
Agregação de valor por meio de atividades:
- Primárias: Principal agregação de valor
- Secundárias: sporte as atividades primárias
Exemplos:
Primárias | Secundárias |
---|---|
Logística de entrada | Compras |
Operação | P&D |
Logística externa | RH |
Marketing e vendas | Infraestrutura |
Serviços pós-venda |
2.6.4 Posicionamento estratégico
Mapas estratégicos | Grupos estratégicos |
---|---|
Representação dos grupos no mercado de acordo com as dimensões escolhidas | Conjunto de empresas que seguem estratégias semelhantes |
- Etapa da análise de grupos:
- Definição dos concorrentes
- Lista de dimensões estratégicas
- Avaliação na lista que afetem a posição competitiva das empresas
- Plotar o mapa estratégico das 2 principais dimensões
- Definir os grupos no setor
- Interpretar o mapa
2.6.5 Líderes de mercado
Abordagem para construção de estratégias competitivas (Treacy e Wiersman, 1998)
Conceitos:
- Proposição de valor: Promessa implícita que toda empresa faz aos seus clientes
- Sustentada por um modelo operacional orientado para o valor
- Disciplinas de valor
- Excelência operacional
- Liderança em produto
- Intimidade com o cliente
- Aprisionamento (Lock-in)
2.6.6 Estratégia do Oceano Azul
Kim e Maugborgne (2005) definiram uma abordagem que apresenta o método para tornar a competição irrelevante nos processos de estratégia competitiva através das definições:
- Oceanos azuis: Espaços de mercado não conhecidos e sem competição e portanto a serem desbravados
- Oceanos vermelhos: Espaços de mercado conhecidos com alta competição
- Inovação de valor: Criar valor ao mercado enquanto elimina ou reduz itens ou serviços sem valor para os clientes
2.6.7 Sistemas de atividades
Modelo de ajuste das atividades da cadeia de valor visando a vantagem competititva a prova de imitações (Porter,1996)
- Adicionar valor para clientes e/ou criar valor comparável a um custo menor
- A vantagem competitiva surge do ajuste ideal entre as atividades
- A sustentabilidade está em todo o sistema de atividades e a eficácia operacional pode ser alcançada pelos concorrentes
Eficácia operacional | Eficácia estratégica | |
---|---|---|
TQM | Posicionamento estratégico em variedade | |
JIT | Posicionamento estratégico em necessidade | |
MRPII | Posicionamento estratégico em acesso |
2.7 Objetivos estratégicos
Definição dos objetivos (Drucker,1988) Tentativa de facilitar o julgamento, proporcionando uma base de fatos e padrões de confiança
-
Alinhados com os referênciais estratégicos da organição
- A filosofia
- Análise ambiental
- Estudo de cenários
Classificação dos objetivos:
Prazo | Natureza | Forma |
---|---|---|
Longo | Gerais | Qualitativo |
Médio | Específicos (Metas) | Quantitativo |
Curto |
Conteúdo dos objetivos: (Thompson e Strickland III,2002)
- Objetivos financeiros: Curto prazo
- Objetivos estratégicos: Longo Prazo
Implementação dos objetivos:
- Atitudes: (Senge,2002)
Negativas | Positivas |
---|---|
Obediência relutante | Engajamento |
Desobediência | Participação |
Apatia | Obediência genuína |
Objetivos devem desempenhar (Tavares, 1991) funções abrangentes para todos os níveis de modo a:
- Orientar a ação
- Definir o ritmo dos negócios
- Motivar pessoass
- Facilitar a avaliação do desempenho
Desdobramento dos objetivos:
Referênciais estratégicos: Missão, visão, valores
Análise ambiental: SWOT
Estudo de cenários
Análise das forças competitivas: 5 Forças de Porter
Priorização dos objetivos (GUT) (Kepner e Tregoe, 1978)
Fator e peso de 1 a 5 para gravidade, urgência e tendência para cada aspecto da análise, multiplicando os fatores para priorização
Perguntas chave:
Gravidade | Urgência | Tendeêcia | Peso |
---|---|---|---|
Extremamente importante ? | Ação bastante urgente ? | Se não atuar, vai piorar muito ? | 5 |
Muito importante ? | Ação urgente ? | Se não atuar, vai piorar ? | 4 |
Imporatnte ? | Ação relativamente urgente ? | Se não atuar, vai permanecer ? | 3 |
Relativamente importante ? | Posso aguardar ? | Se não atuar, vai melhorar ? | 2 |
Pouco importante ? | Sem pressa ? | Se não atuar, Vai recuperar completamente ? | 1 |
Após priorizar os objetivos, define-se metas que devem ser:
- Coerente com a missão, visão e valores
- Clara, divulgada e aceita
- Realista e estimulante a desafios
- Priorizada com um sistema de avaliação e controle
2.7.1 Plano de ação
Caminho pelo qual a empresa deve iniciar a jornada de implementação (Barçante, 1998)
Plano de ação visa:
- Conscientizar, evoluir e treinar as pessoas
- Documentar os novos padrões
- Definir autoridades e responsabilidades
- Adequar equipamentos, materiais e recursos
- Monitorar os resultados
- 5W2H
2.8 Balanced Scorecard
Sistema de integração da gestão estratégica no curto, médio e longo prazo, visando o aprendizado e o crescimento organizacional, além do controle e alinhamento estratégico
- Quatro perspectivas (Kaplan, 1996)
- Financeira: Melhoria do desempenho financeiro
- Clientes: Representam as fontes de receita
- Processos internos: Processos internos críticos que a empresa deve ser excelente
- Aprendizagem e crescimento: Infraestrutura para atingir os objetivos das perspectivas
2.8.1 Desdobramento do BSC
- Relação de causa e efeito entre as perpsectivas
- Deve ser iniciado pelos objetivos financeiros
- Perspectiva financeira:
- 3 Fases do ciclo de negócio:
1. Crescimento: Início do ciclo de vida
2. Sustentação: Excelentes retornos
3. Colheita: Maturidade do ciclo de vida
- Temas financeiros:
- Crescimento e mix de receita
- Redução de custo e melhoria da produtividade
- Utilização dos ativos e estratégia de investimento
- Perspectiva dos clientes: (Pag 100)
Desdobramento dos objetivos dos clientes em diferentes propsições de valor:
Conjunto de medidas: (Kaplan e Norton, 1996)
Medidas Essencias | Impulsionadores (Direcionadores) | Modelo genérico |
---|---|---|
Participação de mercado | Indicadores para cada medida | Atributos do produto ou serviço |
Retenção de clientes | Imagem e reputação | |
Captação de clientes | Relacionamento com o cliente | |
Satisfação dos clientes | ||
Lucratividade dos clientes |
- Perspectiva dos clientes internos
Abordagem Tradicional | Abordagem BSC |
---|---|
Monitorar e melhorar processos existentes | Identificação de processos novos |
Processos de inovação |
- Cadeia de valor:
- Processo de inovação
- Processo de operação
- Processo de pós-venda
- Perspectiva de aprendizagem e crescimento (Pag 103)
Características principais:
- Capaccidade dos funcionários
- Capacidade dos sistemas de informação
- Motivação e empowerment
2.8.2 Construção do BSC
- Elaboração dos objetivos estratégicos
- Elaboração do mapa estratégico (Pag 104)
- Premissas (Kaplan e Norton, 1997)
- Perspectiva financeira
- Perspectiva do cliente
- Perspectiva de processos internos
- Perspectiva de aprendizagem e conhecimento
- Premissas (Kaplan e Norton, 1997)
- Construção de painéis estratégicos
- Comunicação da estratégia
- Responsabilidade e confiabilidade
- Frequência de atualização
- Metas desafiadoras de longo prazo